quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Interseccionalidade - marcadores de raça e gênero


No vídeo, a ativista Kimberle inicia uma dinâmica que os primeiros nomes citados por ela para o público são conhecidos, pois metade das pessoas permanecem em pé. Então ela cita outros nomes como Michelle Cusscaux, nesse momento algumas pessoas começam a sentar.

Na continuidade dos nomes, ela cita Aura Rosser e as demais pessoas começam a sentar, ficando somente 4 pessoas em pé. O primeiro grupo citado são homens afro-americanos que sofreram violência policial nos últimos 2 anos e meio.

Eric Garner, Freddie Gray, Mike Brown.

A dinâmica diz o quanto as pessoas, tanto no auditório, quanto no mundo, não têm conhecimento do que está acontecendo no mundo. Então, ela menciona mais alguns nomes e apenas 4 pessoas continuaram de pé, demonstrando reconhecer os nomes citados.

O que Kimberle quer mostrar é a diferença de como as mortes de mulheres negras são notificadas e midiatizadas em detrimento de homens negros. As mobilizações, os manifestos, acontecem mais quando são os homens, já em relação as mulheres (principalmente em relação à violência doméstica), particularmente não acontece quase nada, pois os noticiários entram com mais ênfase quando se trata de homens. Já com as mulheres, são colocadas em esquecimento. Elas não são assistidas como deveria, não são levadas em consideração e não há repercussão.

O termo interseccionalidade nos permite compreender melhor as desigualdades e a sobreposição de opressões e discriminações existentes em nossa sociedade. Pode ser considerado como uma ferramenta analítica importante para pensarmos sobre as relações sociais de raça, sexo e classe, e os desafios para a adoção de políticas públicas eficazes.

Para entendermos como esses sistemas de opressão têm impactos diferentes em diferentes pessoas, precisamos lembrar que existem naturalmente diversas diferenças de gênero, cor da pele, idade, altura etc entre nós. Mas muitos indivíduos ou grupos, apenas por pertencerem a essas “categorias”, são submetidos a uma série de discriminações, preconceitos e opressões, como de classe, de gênero, de geração, de raça/etnia e de orientação sexual.

Segundo Crenshaw ativista, interseccionalidade é “… uma conceituação do problema que busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação. Ela trata especificamente da forma pela qual o racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam desigualdades básicas que estruturam as posiçõıes relativas de mulheres, raças, etnias, classes e outras. Além disso, a interseccionalidade trata da forma como ações e políticas específicas geram opressões que fluem ao longo de tais eixos, constituindo aspectos dinâmicos ou ativos do desempoderamento” (2002).

Para a professora, é através desse termo que se explica como os eixos de poder relacionados a raça, etnia, gênero e classe estruturam os terrenos sociais, econômicos e políticos em que vivemos.

Crenshaw também explica que esses eixos são distintos e excludentes. Por exemplo, o racismo é diferente do patriarcalismo, que por sua vez é diferente da opressão de classe. Mas, frequentemente, eles podem se interligar criando complexas interseccções em que dois, três ou quatro eixos acabam se cruzando.

Assim, sempre que nos aventuramos a estudar o pensamento feminista negro, sem dúvidas, em algum momento, encontraremos o conceito de interseccionalidade que se tornou indispensável para pensar o lugar dessas mulheres na sociedade.

Nos últimos anos, o número de autoras interessadas em alimentar e fortalecer a teoria da interseccionalidade aumentou consideravelmente. Podemos citar alguns nomes mundialmente conhecidos:  Audre Lorde (1983), Bell Hooks (1984), Patricia Hill Collins (1990), Avtar Brah (2006), Angela Davis (2017).

A produção sobre o assunto também é marcante no Brasil por nomes como Sueli Carneiro (1985), Luiza Bairros (1995); além de Lélia Gonzales (1988) e Beatriz Nascimento (1989), que não trabalharam com o conceito em si, mas com muitas premissas que o antecedem.

Isso nos mostra que a teoria da interseccionalidade tem estimulado diversas análises e encorajado investigações reflexivas, críticas e responsáveis a fim de combater as consequências estruturais desses poderes que criam relações de subordinação, e, promover a adoção de políticas públicas eficazes de inclusão social.

O embate antirracista brasileiro engendrado mediante a busca pelo reconhecimento e valorização da mulher negra tem alcançado, paulatinamente, vitórias ao longo dos anos. Ainda falta muito, é claro, de forma principal em decorrência da afirmação cultural do embranquecimento. É indispensável, assim, reconceitualizar quem é – ou se diz – branco e como este debate da identidade pode colaborar nas discussões das relações étnico-raciais. Isto porque a experiência de ser negra, no país, somente tem consciência quem vivencia o histórico de discriminação, já que o preconceito étnico ainda opera enquanto instrumento de revigoramento da diferenciação.

É possível analisar, desse modo, que a interseccionalidade “traduz as várias formas como raça e gênero interagem para moldar as múltiplas dimensões das experiências” das mulheres negras, conforme esclarece Crenshaw (2002, p. 177). A partir disso, pode-se compreender que a utilização do termo como ferramenta de análise possibilita vislumbrar a complexidade da vivência cotidiana, que cria um contexto híbrido e fluido onde diferentes grupos existem, se articulam e empreendem mobilizações por melhores condições. Tais lutas impossibilitaram isolar qualquer um dos fatores atuantes na vida dos sujeitos, seja cor, etnia, gênero, classe social, idade e sexo.

Uma das principais controvérsias atuais no campo dos estudos do trabalho e do gênero é a maneira de conceitualizar a interdependência das relações sociais de raça, sexo e classe, que alguns designam por "interseccionalidade", outros por "consubstancialidade”.

As dominações opressoras influenciam na luta das mulheres negras, com sexismo, machismo, a visão do corpo da mulher como objeto, o próprio Estado opressor o feminicídio e o patriarcado.

A discriminação das mulheres negras no mercado de trabalho, homens brancos possuem maiores salários e menores taxas de desocupação em todos os níveis de escolaridade. Mulheres negras formam o grupo que enfrenta as piores condições.

“Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”

Cybercultura e Sociabilidade - André Lemos



A cybercultura analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea.

Sendo assim, internet das coisas é uma nova fase da internet onde os objetos se conectam sozinhos, sem a intervenção humana, como foi inicialmente projetado para ser. Ex.: relógio inteligente, lâmpada inteligente (que mede o nível de CO2 no ambiente).

Dentro de uma sociedade tão desigual quanto a nossa, é impressionante a democratização (popularização e expansão) do acesso à internet. Se levarmos em consideração que uma pessoa, muitas vezes, possui um celular e um acesso à internet, mas não possui coisas básicas como energia, água potável e saneamento, perceberemos como esse acesso tem crescido cada vez mais.

Entramos então na questão: como estamos gerenciando a rede?

Com esse número de pessoas com acesso crescendo vertiginosamente, o que passa a importar é a qualidade desse acesso, principalmente às redes sociais, que conectam milhões de pessoas, com as mais variadas características.

As políticas públicas, os mercados tecnológicos conseguem, cada vez mais, resolver o problema de democratização ao acesso, levando essa rede para os lugares mais remotos. Porém, no que tange ao uso, qualificar esse acesso que se torna um desafio, pois isso depende exclusivamente do usuário.

Smart Cities (cidades inteligentes) são cidades que possuem tecnologias eletrônicas digitais que tem como função fornecer informações para o gestor urbano, tornando a vida em sociedade melhor.

Por inteligentes, André Lemos aplica como mais informação. Por quê? Porque tendo mais informações sobre algo, posso agir melhor.

Isso não serve apenas para a questão da mobilidade urbana, como tráfego e trânsito, mas também para questões sanitárias, de saúde pública e climática, detectando os níveis de CO2 e outras formas de poluição, como sonora e atmosférica.

Câmeras de segurança nas ruas que, além de monitorar os carros, algumas também contam com detectores faciais, para casos de violência.

Porém, sabemos que mesmo com essas tecnologias, alguns problemas continuarão existindo, e acreditar em algo diferente disso é utópico. Essas informações e inteligência ajudam na gestão das cidades, mas não sanam problemas mais graves.

Relações humanas – Não existem relações humanas não mediadas, pois somos híbridos

A ligação entre humanos e objetos deve ser mantido, porém, que tipo de relação eu desenvolvo com as coisas.

Os objetos nos trazem conhecimento sobre o mundo, através dos livros, da fotografia, do cinema e das mídias. Eles nos trazem uma expansão daquilo que sabemos.

É necessário para o ser humano se conectar, mas há um efeito colateral: a dificuldade de estar consigo mesmo, de se isolar do mundo.

Eu tenho que ter minhas relações pessoais, os livros físicos, o cinema, não posso ter apenas a internet como forma de informação e conhecimento. Quando não temos um controle sobre o acesso, caímos no perigo de nos tornar dependentes da internet?

Quão dependentes somos? A internet se tornou, no nosso dia a dia, nossa única fonte de pesquisa e busca de informações?

Temos que lembrar dos suportes que as gerações preservaram e mantiveram para a geração de hoje. Os livros, as bibliotecas, os documentários, o cinema, tudo isso têm passado de século a século e hoje, com a dependência da internet, têm sido negligenciado.

Sociedade do Espetáculo de Guy Debord




A sociedade do espetáculo, Guy Debord (1931-1994), em particular os seus conceitos de cultura como lugar de unificação da unidade perdida na sociedade capitalista, onde segundo o autor, a vida real é pobre e fragmentária, e o espetáculo é a aparência que pretende conferir integridade e sentido ao mundo dividido. O capitalismo dividiu a sociedade em classes, e quer unificar através do espetáculo.

Mas ele também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações sociais e as relações de produção e consumo de mercadorias. A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra perfeitamente bem o que Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens.

Mas, se a sociedade do espetáculo só pode ser compreendida dentro do contexto da sociedade capitalista, isso não quer dizer que só nessa forma de vida social ocorre a produção de espetáculos. A produção de imagens, a valorização da dimensão visual da comunicação, como instrumento de exercício do poder, de dominação social, existe, conforme argumenta Debord no livro Sociedade do Espetáculo, publicado em 1967, em todas as sociedades onde há classes sociais, isto é, onde a desigualdade social está presente graças à divisão social do trabalho, principalmente a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual.

Sociedade do espetáculo e capitalismo

A própria expressão “sociedade do espetáculo” pode dar margem a interpretações equivocadas, se for entendida como o poder que as imagens exercem na sociedade contemporânea. É certo que Guy Debord, o criador do conceito de “sociedade do espetáculo”, definiu o espetáculo como o conjunto das relações sociais mediadas pelas imagens

Guy Debord é responsável pela difusão da teoria crítica acerca da sociedade do espetáculo. Obviamente, a designação da sociedade do século XX como “espetacular” não foi privilégio ou invenção do autor francês. Considerar a sociedade espetacular tornou-se comum após o advento e a popularização das máquinas que captavam e, posteriormente, projetavam imagens.

A questão da economia imaterial é fundamental para entender os conceitos abordados pelo autor. O ritmo frenético das cidades alterou de fato a percepção cotidiana das pessoas. Quanto menos as pessoas vivem as experiências que elas anseiam mais elas tendem a consumir espetáculos.

É o modelo atual da vida que domina na sociedad, também retrata a inexistência do dinheiro físico que hoje ainda temos.

O consumidor real torna-se um consumidor de ilusões") é mais que confirmada nos anos posteriores. A consequência disso é a futilização que domina a sociedade de consumidores. A multiplicação das ofertas de produtos e serviços gera uma falsa sensação de liberdade de escolha, pois as trocas existentes entre dinheiro (do consumidor) e produtos e serviços (dos fornecedores) é feita segundo a imposição do modelo de produção capitalista e segundo os interesses dos produtores e do sistema econômico subjacente, que se encarrega de oferecer crédito para aqueles que, por ventura, não tenham dinheiro para adquirir os bens. Não se trata, pois, de liberdade de escolha, mas de necessidade de aquisição, num processo de representação de uma vida encenada para o consumo e pelo consumo.

No espetáculo já não predominaria simplesmente a produção mercantil, mas a imagem. A separação, ou alienação do trabalho, consumada no âmbito da produção capitalista retornaria como falsa unidade no plano da imagem.


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Comunidade - Zigmunt Bauman


 

A comunidade busca por segurança no mundo atual, promete prazeres não alcançáveis que todos gostariam de experimentar.

Como diz Zygmunt Bauman: a comunidade é um lugar "cálido", um lugar confortável e aconchegante. Lá fora, na rua, toda sorte de perigo está à espreita; temos que estar alertas...

Comunidade é sempre o lugar onde podemos encontrar os semelhantes e com eles compartilhar valores e visões de mundo.

A palavra comunidade sugere uma forma de relacionamento caracterizada por altos graus de intimidade, vínculos emocionais, comprometimento moral e coesão social; e não se trata apenas de um vínculo passageiro. As relações caracterizadas como comunidade têm sua continuidade no tempo. 

O espaço também é importante na caracterização da comunidade, pois esta é localizada e envolve vínculos de proximidade espacial, tanto quanto de proximidade emocional.

A globalização, com seu deslocamento de tempo e local, acabou com as possibilidades de uma demarcação clara dos limites de uma comunidade, de certa forma, dificultando a localização das relações e sua durabilidade ao longo do tempo.

A comunidade depende da “mesmidade” e, dessa forma, é alheia à reflexão, à crítica e à experimentação. Ela tem sempre que manter certa imutabilidade, caso almeje manter-se comunitária ao longo do tempo.

Segundo Bauman diante da impossibilidade de encontrar uma comunidade, uma nova forma de haver entendimento e segurança, o conceito de identidade ganha importância. A identidade é a substituta contemporânea da comunidade.

A identidade é sempre flexível, sujeita a mudanças de acordo com os enfrentamentos do cotidiano; ela deve ser “vestida” para cada situação, enquanto for necessária. 

Em uma modernidade líquida, as identidades devem ser construídas como uma colagem de tudo o que é disponível, visando aos fins atualmente almejados.

De certa forma, não é o que vemos hoje em vários aspectos como por exemplo: Para certas comunidades o que vale é o que você está oferecendo, a forma que está sendo passada a imagem como um todo. Só que quando você sai um pouco, a partir daí a visão muda sobre a pessoa, pois sai da rota do que estão acostumados a ver.

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Indivíduo e Sociedade

 



Norbert Elias foi um sociólogo alemão, nascido em 22 de junho de 1897. De família judaica, teve de fugir da Alemanha nazista, exilando-se, em 1933, na França, antes de se estabelecer na Inglaterra, onde passou grande parte de sua vida.

Analisando o prefácio do seu livro "A Sociedade dos Indivíduos" é interessante que o autor nos abre a visão que o indivíduo tinha que se adaptar à um padrão social e que alguns costumes e padrões que antes eram enxergados como dentro da normalidade da sociedade, séculos depois, em gerações futuras, poderiam ser vergonhosos e constrangedores. 

Ex¹.: No período da escravidão, possuir esvravos não só era visto normal, como também era régua de medida da riqueza de um homem.

Ex².: O lugar da mulher na sociedade do Século XVIII, e anterior à isso, que os bens, propriedades e dinheiro do pai não poderiam ser deixados para nenhuma filha, sendo destinado para seus filhos. E, se não houvesse filhos, quem herdaba tudo, inclusive a casa da família era o parente mais próximo, em sua maioria primos ou sobrinhos, que fossem homens. O papel da mulher era, desde o seu nascimento, conseguir um bom casamento para qur seus maridos pudessem garantir a propriedade e para que o resto das irmãs não ficassem desamparadas.

O conceito de sociedade determina que esta é composta por indivíduos, não sendo esse um conceito isolado, e sim o indivíduo dentro da sociedade, fazendo parte dela. A relação entre indivíduo e sociedade, segundo Aristóteles, é como o tijolo e a casa, não só coexistem entre si, como vivem uma relação de codependência um com o outro: se um altera, o outro também. As mudanças que o indivíduo sofre, e consequentemente a sociedade também, não são premeditadas e sim involuntárias.

A sociedade muda de acordo com alguns fatores, eles são:

a) Tempo; b) Países; c) Costumes; d) Culturas

Todo indivíduo tem a necessidade de viver em sociedade.

Então, entende-se que a sociedade não é apenas um conjunto de indivíduos isolados, e sim indivíduos juntos em uma estrutura social que forma a sociedade. A casa seria a sociedade e os tijolos são os indivíduos. A casa-sociedade é apenas um conceito abstrato e intangível quando se observa apenas os tijolos-indivíduos isoladamente. Mas, com a união desses tijolos em uma estrutura, a casa-sociedade ganha a forma que conhecemos. A estrutura social é composta basicamente por igreja, partidos políticos, associações, maçonaria, os conselhos, lions clubs, os poderes constituídos. 

Sendo assim, a relação de coexistência não deixará de existir, as mudanças irão continuar acontecendo, seja de século em século, ou de geração em geração, visto que o indivíduo possui uma fluidez de pensamento que se altera de maneita cíclica e, com isso, as mudanças, já entendidas como involuntárias, seguirão esse fluxo constante, alterando não só a forma como o indivíduo reage e entende a si e ao outro, como também a maneira que a sociedade encara diversos aspectos. 

sábado, 19 de junho de 2021

O que aprendi com Eric Hobsbawn sobre A Era dos Extremos


Eric Hobsbawn analisa, em seu livro A Era dos Extremos, o período compreendido entre o ano de 1914 (início da Primeira Guerra Mundial) e 1991 (dissolução da União Soviética e o fim dos regimes socialistas do leste europeu). Sendo que em 9 de novembro 1989, houve a queda do muro de Berlim onde a Alemanha Ocidental e Oriental foram reunificadas sendo um marco da história.

Como historiador, Hobsbawn traça mapas, tanto dos países, como de sua vida. Costumava cruzar a linha de sua vida com a linha da história. No século XX, com o capitalismo e o advento da globalização, tornou-se mais difícil traçar mapas precisos dos países, visto que é extremamente difícil entender o que realmente é parte intrínseco de um país e o que é uma partícula da cultura de outro que foi importado por causa da globalização.

Em tese, o texto mostra o fim das grandes potências mundiais, restando até o fechamento da obra de Eric Hobsbawm, apenas os Estados Unidos da América. Hoje, vemos a China surgindo como uma potência na área econômica e tecnológica.

Entende-se no texto que a ausência das potências mundiais foi o fator responsável por facilitar o surgimento de dezenas de estados territoriais, pois não tinha quem contestasse as fronteiras, sobre grandes potências, me refiro à EUA, Rússia, Alemanha e Japão.

O século XX foi um século sangrento, marcado por grandes guerras como a das Malvinas (Inglaterra X Argentina) em 1983. Tendo em vista que no século XXI o risco de uma terceira guerra mundial é praticamente nulo, houve um avanço significativo nos conflitos e confrontos regionais, como o conflito entre Irã e Iraque.



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Material complementar: 

Entrevista Eric Hobsbawn para a Globo News - Parte 1 (https://www.youtube.com/watch?v=oJddRDMvCks&t=68s)

Entrevista Eric Hobsbawn para a Globo News - Parte 2 (https://www.youtube.com/watch?v=fsD1xfk8QV8)

Entrevista Eric Hobsbawn - William Waack (https://www.youtube.com/watch?v=83RTO6X6td8&t=4s)



Interseccionalidade - marcadores de raça e gênero

No vídeo, a ativista Kimberle inicia uma dinâmica que os primeiros nomes citados por ela para o público são conhecidos, pois metade das pess...