quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Cybercultura e Sociabilidade - André Lemos



A cybercultura analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea.

Sendo assim, internet das coisas é uma nova fase da internet onde os objetos se conectam sozinhos, sem a intervenção humana, como foi inicialmente projetado para ser. Ex.: relógio inteligente, lâmpada inteligente (que mede o nível de CO2 no ambiente).

Dentro de uma sociedade tão desigual quanto a nossa, é impressionante a democratização (popularização e expansão) do acesso à internet. Se levarmos em consideração que uma pessoa, muitas vezes, possui um celular e um acesso à internet, mas não possui coisas básicas como energia, água potável e saneamento, perceberemos como esse acesso tem crescido cada vez mais.

Entramos então na questão: como estamos gerenciando a rede?

Com esse número de pessoas com acesso crescendo vertiginosamente, o que passa a importar é a qualidade desse acesso, principalmente às redes sociais, que conectam milhões de pessoas, com as mais variadas características.

As políticas públicas, os mercados tecnológicos conseguem, cada vez mais, resolver o problema de democratização ao acesso, levando essa rede para os lugares mais remotos. Porém, no que tange ao uso, qualificar esse acesso que se torna um desafio, pois isso depende exclusivamente do usuário.

Smart Cities (cidades inteligentes) são cidades que possuem tecnologias eletrônicas digitais que tem como função fornecer informações para o gestor urbano, tornando a vida em sociedade melhor.

Por inteligentes, André Lemos aplica como mais informação. Por quê? Porque tendo mais informações sobre algo, posso agir melhor.

Isso não serve apenas para a questão da mobilidade urbana, como tráfego e trânsito, mas também para questões sanitárias, de saúde pública e climática, detectando os níveis de CO2 e outras formas de poluição, como sonora e atmosférica.

Câmeras de segurança nas ruas que, além de monitorar os carros, algumas também contam com detectores faciais, para casos de violência.

Porém, sabemos que mesmo com essas tecnologias, alguns problemas continuarão existindo, e acreditar em algo diferente disso é utópico. Essas informações e inteligência ajudam na gestão das cidades, mas não sanam problemas mais graves.

Relações humanas – Não existem relações humanas não mediadas, pois somos híbridos

A ligação entre humanos e objetos deve ser mantido, porém, que tipo de relação eu desenvolvo com as coisas.

Os objetos nos trazem conhecimento sobre o mundo, através dos livros, da fotografia, do cinema e das mídias. Eles nos trazem uma expansão daquilo que sabemos.

É necessário para o ser humano se conectar, mas há um efeito colateral: a dificuldade de estar consigo mesmo, de se isolar do mundo.

Eu tenho que ter minhas relações pessoais, os livros físicos, o cinema, não posso ter apenas a internet como forma de informação e conhecimento. Quando não temos um controle sobre o acesso, caímos no perigo de nos tornar dependentes da internet?

Quão dependentes somos? A internet se tornou, no nosso dia a dia, nossa única fonte de pesquisa e busca de informações?

Temos que lembrar dos suportes que as gerações preservaram e mantiveram para a geração de hoje. Os livros, as bibliotecas, os documentários, o cinema, tudo isso têm passado de século a século e hoje, com a dependência da internet, têm sido negligenciado.

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