Sendo assim, internet das
coisas é uma nova fase da internet onde os objetos se conectam sozinhos,
sem a intervenção humana, como foi inicialmente projetado para ser. Ex.:
relógio inteligente, lâmpada inteligente (que mede o nível de CO2 no ambiente).
Dentro de uma sociedade tão
desigual quanto a nossa, é impressionante a democratização (popularização e
expansão) do acesso à internet. Se levarmos em consideração que uma pessoa,
muitas vezes, possui um celular e um acesso à internet, mas não possui coisas
básicas como energia, água potável e saneamento, perceberemos como esse acesso
tem crescido cada vez mais.
Entramos então na questão: como
estamos gerenciando a rede?
Com esse número de pessoas com
acesso crescendo vertiginosamente, o que passa a importar é a qualidade desse
acesso, principalmente às redes sociais, que conectam milhões de pessoas, com
as mais variadas características.
As políticas públicas, os
mercados tecnológicos conseguem, cada vez mais, resolver o problema de
democratização ao acesso, levando essa rede para os lugares mais remotos.
Porém, no que tange ao uso, qualificar esse acesso que se torna um desafio,
pois isso depende exclusivamente do usuário.
Smart Cities (cidades
inteligentes) são cidades que possuem tecnologias eletrônicas digitais que tem
como função fornecer informações para o gestor urbano, tornando a vida em
sociedade melhor.
Por inteligentes, André Lemos
aplica como mais informação. Por quê? Porque tendo mais informações sobre algo,
posso agir melhor.
Isso não serve apenas para a
questão da mobilidade urbana, como tráfego e trânsito, mas também para questões
sanitárias, de saúde pública e climática, detectando os níveis de CO2 e outras
formas de poluição, como sonora e atmosférica.
Câmeras de segurança nas ruas
que, além de monitorar os carros, algumas também contam com detectores faciais,
para casos de violência.
Porém, sabemos que mesmo com essas tecnologias, alguns problemas continuarão existindo, e acreditar em algo diferente disso é utópico. Essas informações e inteligência ajudam na gestão das cidades, mas não sanam problemas mais graves.
Relações humanas – Não
existem relações humanas não mediadas, pois somos híbridos
A ligação entre humanos e objetos
deve ser mantido, porém, que tipo de relação eu desenvolvo com as coisas.
Os objetos nos trazem conhecimento
sobre o mundo, através dos livros, da fotografia, do cinema e das mídias. Eles
nos trazem uma expansão daquilo que sabemos.
É necessário para o ser humano se
conectar, mas há um efeito colateral: a dificuldade de estar consigo mesmo, de
se isolar do mundo.
Eu tenho que ter minhas relações
pessoais, os livros físicos, o cinema, não posso ter apenas a internet como
forma de informação e conhecimento. Quando não temos um controle sobre o
acesso, caímos no perigo de nos tornar dependentes da internet?
Quão dependentes somos? A
internet se tornou, no nosso dia a dia, nossa única fonte de pesquisa e busca
de informações?
Temos que lembrar dos suportes
que as gerações preservaram e mantiveram para a geração de hoje. Os livros, as
bibliotecas, os documentários, o cinema, tudo isso têm passado de século a
século e hoje, com a dependência da internet, têm sido negligenciado.
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